Especificações gerais sobre peles para Derbake. |
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Devido ao sucesso das peles com a assinatura
Abudrum e, também, à grande variedade de
modelos que disponibilizamos no mercado,
resolvi tecer alguns breves comentários para
servir de base ou orientação a todos aqueles
que desejarem saber um pouco mais sobre o
tema.
Digo sempre que a pele é, sem dúvida alguma,
um dos elementos primários à obtenção de uma
boa ou excelente sonoridade percussiva. O
que poucos sabem, creio eu, é que cada pele,
na verdade, possui uma característica
especial dependendo da tecnologia empregada
na sua confecção, e é por essa razão que,
neste texto explicativo, procurarei elucidar
algumas dúvidas que possam surgir no momento
de aquisição do produto em questão.
Assim, a questão primordial é: Qual a melhor
pele ? Bem, tradicionalmente falando, as
peles naturais (cabra ou peixe) são as que
possuem melhor vibração e sonoridade,
contudo, mais frágeis, possuem durabilidade
menor que as sintéticas, além de sofrerem
interferência de umidade do ar. Assim,
apesar de excelentes, exigem cuidados
especiais por parte do percussionista.
É certo, contudo, que, com o passar dos
anos, experts na produção de peles
sintéticas, através do uso de
matérias-primas Dupont ( melhores do mundo)
tem desenvolvido películas sempre melhores,
aproximando-se cada vez mais da vibração e
sonoridade da pele natural.
As principais peles atualmente no mercado
são: Simples, Coated ou Porosas, Filme Duplo
e as Hidráulicas. Explicaremos, agora, cada
uma delas:
Simples: São conhecidas como mono filmes, ou
seja, possuem apenas um único filme na sua
estrutura.
Filme Duplo: Como o próprio nome elucida,
possuem duas camadas de filmes em sua
estrutura (ideal para uso em bateria).
Coated ou Porosas: São mono filmes que
recebem um tratamento especial sobre a
película, tornando-a mais áspera ou com
porosidade.
Hidráulicas: São peles de filme duplo,
contendo entre as camadas um líquido
especial que altera a vibração entre elas
(ideal para uso em bateria).
As melhores peles para Derbake, hoje, são as
industriais, feitas em aro de alumínio
profissional (leve e antioxidante). É
importante destacar que as indústrias
brasileiras são consideradas as melhores do
mundo na produção dessas películas. Graças a
uma parceria com uma das maiores indústrias
de peles para percussão do Brasil, lançamos
a maior coleção de peles para Derbakes do
mundo, isto, para melhor atender as
necessidades do instrumentista.
Falarei, agora, de cada pele em particular,
apontando sucintamente suas principais
características sonoras,
1- VAH Standard Series
- Pele em Azul
Translúcido:
As peles em azul translúcido são
consideradas modelo padrão, ou seja, a base
no advento de outras peles mais
sofisticadas. São feitas em nylon especial,
possuindo boa sonoridade e durabilidade.
2- VAH Cristal Series - Pele
Transparente Cristal:
Trata-se de uma versão aprimorada do modelo
Azul Translúcido. Construídas em puro
poliéster, tem como características básicas
a alta resistência e produção de agudos bem
delineados. Sua sonoridade pende do agudo ao
médio-agudo.
3- VAH White Series - Pele Leitosa:
As peles leitosas muito se assemelham às
peles com transparência cristal. Construídas
em poliéster branco translúcido, possuem
excelente durabilidade. Sua sonoridade pende
do médio-agudo ao médio-grave.
4- VAH Black Series
- Pele Preta
(Pigmentada):
São peles especiais construídas em 3 camadas
(poliéster + pigmento preto + película
protetora). A película protetora possui
micros furos (geralmente 1 ou 2 furos)
permitindo a saída de ar entre as camadas no
momento da afinação. Possuem alta
resistência e sonoridade aveludada, pendendo
do médio-grave ao grave.
5 - VAH Goat Series - Pele de Cabra:
Assim como as peles de peixe, é uma das mais
indicadas para uso em gravações graças à
vibração e sonoridade naturais que produz.
Sonoridade situada entre o médio -agudo,
médio-grave e grave.
6- VAH Fiber Series
- Pele Fibrosa:
Trata-se de uma evolução nas peles
sintéticas para Tabla ou Derbake. Super
resistentes, é constituida por fibras
especiais de poliéstar. Possuem sonoridade
extremamente balanceada, situando-se entre
os tons grave, médio-grave, médio-agudo e
agudo.
7- VAH Sky Tone Series - Pele com
revestimento : É a pele cristal modificada
através do uso de uma película especial
interna, que faz lembrar as núvens do céu ou
nevoeiro. Excelentes agudos, médio-agudos e
médios-graves na sua sonoridade.
8-
VAH Coated Prime Series - Porosas:
São peles especiais contento um tratamento
sobre a película. Possuem sonoridade
bastante clara e limpa, com ótimos agudos,
médio-agudos e médios-graves.
Doholla: Seu breve histórico no
Brasil e outras curiosidades. |
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Doholla Tradicional |
A primeira
Doholla do Brasil que temos conhecimento,
fora confeccionada pelo pioneiro Fuad
Haidamus em meados de 1983. Fora feita em
cerâmica e pele de cabrito colada. Esse
instrumento não fora utilizado em shows ou
gravações. Possuia porte pequeno e
relativamente leve, porém, com uma abertura
bocal considerável o que proporcionava um
som relativamente grave.
A Doholla, principal instrumento de base na
percussão libanesa, ainda é um instrumento
bastante desconhecido no Brasil e, também,
em muitos outros países da América Latina.
Já existem no mercado Dohollas modernizadas,
ou seja, em corpo de alumínio e pele de
nylon.
Existem muitas explicações que
equivocadamente pregam que a Doholla é um
instrumento igual ao Derbakke, porém, maior.
Esse tipo de afirmação pode gerar um
entendimento confuso. A Doholla se assemelha
ao Derbakke, possuindo um diâmetro bocal bem
superior.
Outra dica que também serve de alerta é a
equívoca afirmação de que "atualmente, a
Doholla é confeccionada em alumínio fundido
e pele sintética". Atualmente, a Doholla é
confeccionada ainda na sua versão
tradicional, em cerâmica e pele de cabra e,
também, numa versão moderna, em alumínio e
pele sintética.
Uma outra questão importante é entendermos o
sentido da expressão "baixo profundo". O que
é isso exatamente ? Simples ! É o som ou a
nota grave (baixo), que se diferencia
nitidamente das demais notas graves tocadas
(profundo). Dá-se certamente uma
tridimensionalidade à percussão.
As Dohollas devem ser sempre afinadas ao
máximo (assim como as Derbakkes) para a
produção de uma vibração correta. É o
diâmetro bocal que irá estabelecer o timbre
grave e não uma pele mal afinada, que pode
produzir um prolongamente demasiado na
vibração.
Muitos confundem a Doholla com a Darbukka
Extra Large (extraordinariamente grande)
feita sob os moldes e estilo turco, com
corpo mais afilado e parafusos de afinação
expostos ao redor do aro. Vários
percussionistas substituem a Doholla pelo
Djembe - instrumento africano em madeira e
pele de cabra ou antílope, que também possui
um som bastante grave mas perceptivelmente
diversificado do som de uma Doholla em
cerâmica, por exemplo.
É certo que a produção desse instrumento no
estilo tradicional dirimiu
significativamente. Encontrar uma Doholla em
cerâmica bem preparada, pele de cabra e em
formato perfeito é algo muito raro, até
mesmo nos países árabes. Sua confecção em
alumínio é mais simplificada e fácil graças
ao uso de fôrmas específicas.
É correta afirmação de que a Doholla de
alumínio fundido é melhor que a sua versão
tradicional em cerâmica e pele de cabra ?
Bem, a Doholla em alumínio é, sem dúvida
alguma, sinônimo de comodidade em muitos
aspectos, mas perde significativamente em
termo de qualidade sonora se comparada a sua
versão tradicional. Vejamos o quadro abaixo:
Doholla
em Alumínio e pele sintética (nylon):
O corpo em alumínio a torna mais leve e
resistente, sendo muito mais fácil o
transporte. O corpo em cerâmica a torna
bastante pesada, frágil e de difícil
transporte.
Sua pele sintética não sofre influências
climáticas, permanecendo afinada sempre. Sua
pele sofre influências climáticas,
necessitando de lâmpadas para se manter
afinada.
Possui ressonância artificializada e
estridente.
Seu "Dum" possui escala de profundidade
pouco satisfatória devido aos materias
usados na confecção desse instrumento.
Ideal para
shows.
Doholla em cerâmica e pele de cabra:
Possui excelente ressonância, suave a
natural.
Sofre influência da umidade do ar.
Seu corpo em cerâmica e a pele natural,
favorece um excelente "Dum" (batida grave)
com incríveis profundidades sonoras.
Ideal para shows e gravações.
Devemos ter em mente que a Doholla é um
instrumento de base e, por essa razão, é
imprescindível que seu som seja grave o
bastante para estabelecer um "cheio de
fundo" conhecido nos melhores e mais
diversificados solos de percussão.
Uma outra dica importante é saber como
reconhecer a boa sonoridade desse
instrumento. A vibração sonora do "Dum"
precisa ser evidentemente grave mas não pode
se estender demasiadamente ou, então, ser
muito curta; o correto seria o meio termo.
As Dohollas em alumínio apresentam, também,
uma certa deficiência nesse sentido.
Informações
importantes
para
compra
de
instrumento
de
percussão
árabe.
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Todos
sabemos
que a
percussão
árabe é
bastante
complexa
tanto em
ritmos
quanto
na
quantidade
de
instrumentos.
Como se
isso não
bastasse,
há
também a
problemática
em
relação
aos
nomes
que
identificam
cada
instrumento
no mundo
árabe.
Certa
vez nos
perguntaram
se as
Darbukas
confeccionadas
por
indústrias
de
instrumentos
musicais
na
América
Latina
são os
mesmos
instrumentos
importados
do
Egito,
Líbano e
Síria.
Bem,
infelizmente
não.
Pela
informação
que
temos,
não
existe
nenhuma
indústria
de
instrumentos
musicais
no
Ocidente
que
produza
uma
genuína
Derbakke,
salvo a Meinl que
produz
darbukas
turcas e
derbakkes
em
alumínio
fundido
e
revestimento
de vinyl.
Explicaremos
de forma
mais
técnica,
como
funciona
a
questão
da
nomenclatura
dos
instrumentos.
Vejamos:
Derbakke
ou Tabla:
É a
Tabla de
origem
árabe.
Ocidentalmente,
costumam
também
chamar
esse
instrumento
de
Darbouka
ou
Doumbek.
Sua
versão
em
alumínio,
surgida
na
década
dos anos
80, tem
como
característica
parafusos
de
afinação
embutidos
na borda
do
instrumento.
Tabla
também é
o nome
de outro
importante
instrumento
pertencente
à
percussão
da
Índia.
A
Darbuka
ou
Darbouka:
Quando
falamos
em Darbuka estamos
nos
referindo,
geralmente,
ao
tambor
confeccionada
na
Turquia
ou,
então,
ao
estilo
turco.
Esse
instrumento
possui
corpo
niquelado
e suas
tarraxas
de
afinação
não são
embutidas
na borda
do
instrumento.
Há
também a
versão
desse
instrumento
em
tamanho
grande,
conhecido
internacionalmente
pelo
nome de Darbuka
Extra
Large.
Muitos
confundem
este
instrumento
com a Doholla,
que é a
versão
maior do
Derbakke
ou Tabla.
Darbuka
Extra
Large e
Doholla
são,
portanto,
instrumentos
totalmente
distintos.
Ao
contrário
do que
muitos
pensam,
a
Darbuka
Turca
não é um
instrumento
de
origem
árabe.
Lembramos
que a
Turquia
não faz
parte do
rol de
paises
árabes,
assim
como o
Irã. Há
percussionistas
que não
consideram
a
Darbuka
uma
variante
da Tabla
Egípcia.
Ressaltamos
que a
Derbakke
ou Tabla
também
pode ser
conhecida
no
ocidente
pelo
nome de
Darbuka
ou
Darbouka.
O Daff
ou Duff:
No
Líbano e
Síria,
Daff é o
nome que
representa
o
pandeiro
tenor de
cinco
címbalos
duplos.
No
Egito,
Daff
representa
o
pandeiro
largo e
sem
címbalos
tocado
geralmente
por
Beduínos
em suas
canções
folcloristas.
No
Líbano e
Síria, é
conhecido
tradicionalmente
pelo
nome de Mazhar.
Geralmente
os
instrumentos
de maior
tamanho,
recebem
o nome
de Bendir,
isso
tanto no
Egito
quanto
no
Líbano e
Síria.
A Mazhar,
Muzhar
ou
Massar:
No
Egito, a
Mazhar
nada
mais é
do que
um Daff
ou Duff
ou,
então,
um
Bendir
dotado
de
címbalos,
ou, num
conceito
mais
moderno,
de
platinelas.
Os Snujs:
I ntrumento
bastante
usado
pelas
Bailarinas
de Dança
do
Ventre.
No
Líbano
são
chamados
de Snujs;
no
Egito,
por sua
vez,
recebem
o nome
de Sagat.
Existem,
ainda,
Snujs
para uso
profissional,
possuindo
diâmetro
igual ou
muito
próximo
a 10 cm
de
circunferência.
No Egito
este
instrumento
recebe a
denominação
"Toura".
O Riqq/Daff:
É o
mesmo
instrumento
conhecido
no
Líbano
pelo
nome de
Daff.
Riqq é o
nome que
recebe
no
Egito.
Assim,
essas
são
algumas
considerações
rápidas
e
esperamos
que
possa
ajudar
no
momento
da
compra.
Dicas de como usar lâmpada para afinar Derbakke ou Daff tradicional. |
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Muitos me perguntam se existe alguma lâmpada específica para ser utilizada na afinação dos Derbakkes tradicionais ou se podemos usar qualquer lâmpada incandescente.
Bem, para utilizarmos com segurança uma lâmpada para afinar Derbakke tradicional, ou seja, em pele animal, é necessário observamos alguns pontos importantes pois, se assim não for feito, danos ao instrumento poderá eventualmente acontecer.
Antes da utilização do suporte embutido, idealizado pelo pioneiro da percussão árabe no Brasil, que o possibilitava afinar o instrumento concomitantemente à apresentação, Fuad Haidamus utilizava duas Derbakkes, ou seja, enquanto utilizava um instrumento, o outro ficava na reserva, afinando. Quando o instrumento que estava tocando perdia a afinação, geralmente após duas ou três músicas depedendo da umidade do ambiente, fazia-se a troca. Essa prática perdurou nos shows até a criação do suporte especial que era fixado no interior do instrumento.
A lâmpada não pode ser de grande potência ( no máximo 40 wats, dependendo do couro ). A evaporação da umidade contida no couro deve ser feita gradativamente. Lâmpadas que propagam grande calor podem queimar a membrana do instrumento.
O correto é manter a pele do instrumento em temperatura morna. O calor produzido deve ser facilmente suportável à nossa pele. A temperatura deve ser sempre, sempre agradável e facilmente tolerada.
O tempo que um instrumento leva para ficar totalmente afinado varia muito. Vai depender, evidentemente, da umidade do ar no momento, da grossura da membrana de couro, e do calor produzido para a evaporação dessa umidade. Em média dura 15 minutos, mas pode ultrapassar a marca de 30 minutos (em dias bem úmidos). Vale aqui lembrar que em dias de grande umidade (chuva), o couro nunca atingirá sua afinação máxima.
Importante: No caso de Derbakke ou Daff em pele de peixe, optamos, em Studio, por um sistema mais seguro, onde há a possibilidade de se controlar melhor o calor propagado, evitando, assim, qualquer possibilidade de danos à membrana fina. Deixaremos a análise desse ponto para uma outra oportunidade.
Curiosamente, Fuad Haidamus usava calor da lâmpada em Derbakes revestidos de pele de cabra. Lembremos sempre que quanto mais grossa for a pele utilizada, maior será a quantidade de umidade absorvida; mais difícil e prolongada será a evaporação dessa umidade.
Metodologia para o estudo da Derbake. |
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É sabido que o método de se ensinar
percussão árabe pode variar de professor
para professor. Tanto no Brasil quanto no
exterior, há milhares de métodos e formas
empregados. Vamos aqui traçar alguns
subsídios importantes para a elaboração de
um método realmente eficaz.
Um ponto pouco mencionado, e que não
poderemos deixar de aludir logo de início, é
a questão do ambiente apropriado para se
ensinar percussão. Infelizmente, nem todos
possuem tal preocupação. Em opinião
particular, devemos sempre preferir as
chamadas salas secas, ou seja, salas que
possuem pouca ou nenhuma reverberação. O
aluno consegue ouvir melhor o que está
tocando, percebendo melhor a vibração e a
tonalidade de cada batida percussiva. Em
percussão árabe isso é de fundamental
importância, mesmo em estudos ainda
prematuros.
Uma familiarização geral é imprescindível.
Geralmente costuma-se dar grande ênfase ao
Derbake, esquecendo-se de fazer qualquer
alusão sobre os outros instrumentos.
Posicionamento do instrumento e postura do
instrumentista, posicionamento correto das
mãos e conhecimento das zonas sonoras da
Derbake.
Passaremos a treinar auditivamente o que
chamo de percepção bruta das tonalidades
sônicas ou sonoras ( agudo, médio e grave ).
Costumo dizer que são as três cores
primárias, das quais o artista partirá à
criação das nuances (gradação das batidas,
no nosso caso). Vamos entender e saber
diferenciar o som fraco de um som forte, um
som baixo de um som alto. A isso damos o
nome de estudo da "Qualidade dos sons".
Antes de iniciarmos os estudos dos ritmos
principais que compõem a música árabe, se
faz necessário abordar alguns princípios de
teoria geral do ritmo, entendendo o que é um
ritmo propriamente dito e como ele é
construído. Assim, devemos estabelecer
algumas considerações sobre os compassos
rítmicos em geral (2/4, 4/4, 11/8 etc..),
conhecendo sua classificação temporal de
acordo com a contagem de suas batidas (
Consideração métrica: Compasso Binário,
Compasso Ternário, Compasso Quaternário,
Compasso Alternado; Consideração pelas
notas: Compasso Simples e Compasso Composto
). Isso é o básico para o conhecimento
inicial de todo percussionista.
Pois bem, feita todas as considerações
supracitadas até então, é o momento de
começarmos a abordar sobre os principais
ritmos que compõem a música árabe. Aqui,
iniciaremos trabalhando em conjunto dois
elementos primórdios: 1 - percepção rítmica
fina, potencializando a capacidade auditiva
do aluno e sua sensibilidade interpretativa
e 2 - a técnica correta para se executar ou
interpretar tal ritmo, tomando sempre como
base o que nos é transmitido através da
escola clássica egípcia ou, então, da
libanesa (Prefiro, em particular, a clássica
egípcia pela tradicionalidade).
Ao abordarmos sobre alguns desses principais
ritmos, é imprescindível estabelecermos
alguns conceitos sobre o significado da
expressão andamento rítmico, bem como sua
classificação. Uma breve análise didática
sobre o relacionamento entre as expressões
andamento, ritmo e velocidade, se faz
necessário (velocidade = andamento) .
Nesse ponto, o aluno deverá aprender a usar
o metrônomo, conhecendo a importância de sua
utilização na percussão não apenas árabe,
mas mundial. Isso é necessário para que o
aluno possa ter condições de praticar com
segurança aquilo que aprendeu em sala de
aula. Não indique metrônomos mecânicos, pois
podem apresentar pequenas falhas.
Técnicas de relaxamento são importantes ?
Sim ! O estado emocional de um
percussionista pode facilmente influenciar
seus estudos e trabalhos. O relaxamento deve
ser mental e corpóreo, pendendo sempre a
aguçar a sensibilidade rítmica.
O estudo dos encaixes rítmicos ou
combinações rítmicas, importantíssimos pra a
realização do solo de tabla, devem ser
praticados SEMPRE sob auxílio de um
metrônomo. Aqui, analisaremos os mais
diversificados enfeites de transição
rítmica, aprendendo a forma correta de
realizá-los com maior e melhor precisão.
Esses são apenas alguns dos principais
pontos que, em opinião particular, um bom
método de ensino deve conter.
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